Brics debate parceria inovadora em mídia e inteligência artificial durante fórum

Brics debate parceria inovadora em mídia e inteligência artificial durante fórum
Imagem: IA - SB em Revista
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No Rio de Janeiro, representantes da imprensa, pesquisadores e autoridades dos países do Brics se encontraram para trocar ideias sobre colaboração em comunicação, avanço tecnológico e a aplicação da inteligência artificial no setor. O evento buscou ampliar a cooperação entre membros do bloco, especialmente para potencializar a voz do chamado Sul Global e preparar o terreno para projetos conjuntos em pesquisa, governança da IA e produção de conteúdo.

Quando grandes nações se reúnem para discutir o futuro da comunicação e da inteligência artificial, a conversa vai muito além do universo midiático. O Fórum de Mídia do Brics, que lotou auditórios no Rio nos últimos dias, mostrou que existe um forte desejo de integração entre países emergentes – não apenas para compartilhar informações, mas também para criar soluções inovadoras usando tecnologia de ponta e ampliar a influência coletiva no cenário internacional.

União de países para um novo capítulo do Sul Global

O clima era de colaboração durante o sétimo Fórum de Mídia e Think Tanks dos Brics, realizado dez dias após a cúpula do bloco no Rio. Aproximadamente 250 participantes de diferentes países, incluindo jornalistas, acadêmicos e funcionários públicos, mergulharam em debates sobre como fortalecer laços, compartilhar tecnologia e desenvolver padrões próprios para comunicação.

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Essas conversas refletiram uma busca clara: tornar a mídia do bloco mais protagonista, projetar a influência do Sul Global no mundo e centralizar o desenvolvimento de inteligência artificial sob valores alinhados aos interesses dessas nações.

O papel central da comunicação e tecnologia

Logo na abertura, Fu Hua, presidente da agência de notícias Xinhua, destacou o papel de liderança do Brics na cooperação dos países emergentes. Ela deixou claro que o grupo não se define pela oposição, mas sim pelo objetivo de promover o crescimento mútuo e a paz global através do diálogo e da informação.

A fala de Wu Hailong, da Associação de Diplomacia Pública da China, reforçou essa narrativa: o Brics quer unir forças, apoiar sistemas multilaterais e criar alternativas ao domínio unilateral na comunicação global. Ele usou a expressão “não vamos parar devido aos uivos dos lobos”, defendendo o foco do bloco em avançar por meio da colaboração.

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Planos para inteligência artificial: do discurso à prática

Uma das novidades discutidas foi a criação de um instituto de inteligência artificial do Brics. O diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Bráulio Ribeiro, destacou que o uso da IA só fará sentido de forma sustentável se houver governança compartilhada, transparência e soluções éticas. Para ele, a ideia é transformar trocas e debates em projetos concretos de pesquisa, tecnologia e produção conjunta de conteúdo para todos os países membros.

Além disso, Ribeiro aproveitou o evento para prestigiar o reconhecimento internacional da EBC, apontando a empresa como principal veículo público de comunicação do Brasil – condição que, na visão dele, pode abrir portas para parcerias mais sólidas no bloco.

Desafios e perspectivas para a colaboração em mídia

A necessidade de investir em comunicação internacional entre os países do Brics foi reforçada por Pedro Aguiar, jornalista e professor da Universidade Federal Fluminense. Segundo ele, o bloco já demonstrou avanços em áreas como comércio e indústria, mas ainda precisa ampliar a integração entre os seus veículos de imprensa, pesquisadores e instituições. O objetivo: construir uma rede de informação mais eficiente, capaz de rivalizar com grandes agências globais, além de desenvolver tecnologia própria para comunicação e análise de dados.

O evento reafirmou que a força do Brics não está apenas no número dos seus integrantes ou nas suas economias crescentes, mas na capacidade de agir em conjunto para fazer sua voz ser ouvida. Os debates sobre inteligência artificial, pressão por padrões técnicos comuns e o fortalecimento da governança internacional indicam que a busca pelo protagonismo midiático está só no começo.

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