O futuro dos códigos de barras: tendências que vão mudar o jeito de comprar, vender e rastrear produtos

O futuro dos códigos de barras: tendências que vão mudar o jeito de comprar, vender e rastrear produtos
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Você já parou no caixa e se perguntou se aquele bip tradicional vai continuar existindo? Ou imaginou como as lojas gigantes identificam cada item sem perder a cabeça?

A realidade é clara: depois de 50 anos de serviço, o ato de comprar código de barras está prestes a entrar numa nova fase — mais inteligente, multimídia e ecológica.

1. Do 1D para o 2D: a virada que começa agora

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  • Problema atual: o UPC/EAN (aquele de listra) guarda apenas um número.
  • Solução que já chegou: QR Codes e Data Matrix armazenam lote, validade, origens e até vídeos.
  • Deadline global: o movimento “Sunrise 2027” pede que todos os caixas leiam códigos 2D sem abandonar o antigo UPC.

O resultado? Um único símbolo que serve para preço, recall, receita de preparo e até programa de fidelidade — tudo via escaneio de smartphone.

2. GS1 Digital Link: o “RG digital” da embalagem

Em vez de um número estático, o Digital Link transforma o próprio código 2D em URL autenticada.

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Ele liga produto, dados internos e conteúdo para o consumidor sem precisar de múltiplos rótulos.

Por que importa?

  • Atualiza informações em tempo real, sem reimpressão.
  • Reduz espaço na arte da embalagem.
  • Entrega rastreabilidade ponta a ponta com um toque.

3. QR Codes inteligentes: dinâmicos, customizados e rastreáveis

A tendência é clara: QR dinâmico que muda o destino do link depois de impresso.
Perfeito para promoções, recalls ou inclusão de dados regulatórios sem reetiquetar.

Destaques

  • Troca de conteúdo em segundos.
  • Métricas de escaneio valiosas para marketing.
  • Personalização visual com logo e cores sem perder legibilidade.

4. Invisíveis, porém poderosos: códigos por marca‑d’água digital

Grandes varejistas já testam padrões “camuflados” na arte da embalagem.
Eles dispensam o quadrado preto‑branco, não atrapalham o design e podem ser lidos por câmeras comuns.

Vantagens rápidas:

  • Identificação 360°, mesmo com produto amassado.
  • Uso na triagem de reciclagem automática, melhorando sustentabilidade.
  • Proteção contra falsificação, pois é difícil copiar algo invisível sem a licença certa.

5. Códigos de barras na economia circular

Consumidores querem saber de onde veio e para onde vai a embalagem.
Com 2D ou marca‑d’água, dá para:

  • Mostrar certificações de origem.
  • Guiar descarte correto via link direto.
  • Acelerar linha de reciclagem que lê o material e separa automaticamente.

6. Checkout sem contato e prateleira inteligente

Cansado de filas? O varejo também.

  • Câmeras + IA identificam vários itens de uma vez, sem passar peça a peça no leitor.
  • Smart shelves contam estoque em tempo real, avisando antes de faltar produto.
  • Scan & Go no celular: o cliente escaneia, paga e sai.

O código 2D vira o “passaporte” dessa automação, pois guarda bem mais dados do que o UPC.

7. AI, visão computacional e “além dos códigos”

Alguns especialistas já falam em inventário sem etiqueta: câmeras reconhecem forma e rótulo. Mesmo assim, o 2D serve como backup confiável e barato.

Cenários híbridos:

  • Se a imagem estiver desfocada, o sistema lê o código.
  • Para peças muito similares (mesmo design, tamanhos distintos), o Data Matrix garante distinção exata.

8. Segurança e autenticidade em tempo real

Falsificação custa bilhões.
Com códigos 2D criptografados ou watermarks invisíveis:

  • O app oficial valida a assinatura digital.
  • Lotes suspeitos são bloqueados no ponto de venda.
  • Fabricantes monitoram quantos produtos foram escaneados e onde — detecção instantânea de vazamento de carga.

9. Experiência de compra multicanal

Scan‑to‑web, scan‑to‑AR, scan‑to‑checkout.
O novo código é porta de entrada para conteúdo:

  • Receitas no setor alimentício.
  • Vídeo‑review em eletrônicos.
  • Metaverso de marca via realidade aumentada.

Para o marketing, vira um touchpoint mensurável que conecta embalagem física e funil digital.

10. Governança de dados, LGPD e first‑party analytics

Com cookies em declínio, QR dinâmico entrega dados primários de forma transparente: localização, horário e contexto do escaneio.

Marcas coletam insights sem violar privacidade, pois o usuário opta por escanear.
Quem sai ganhando? A segmentação de campanhas — mais relevância, menos spam.

11. Sustentabilidade na impressão e no supply chain

  • Menos tintas: códigos invisíveis dispensam caixas extras de cor.
  • Etiqueta menor = menos substrato e cola.
  • Rastreamento de carbono: 2D carrega pegada ambiental do item em tempo real.

E, ao facilitar reciclagem automatizada, reduz contaminação de resíduos.

12. Normas em evolução e adoção global

  • Sunrise 2027: meta para que todo POS leia 2D.
  • Indústria alimentícia, moda e farma já pilotam em dezenas de países, cobrindo boa parte do PIB mundial.
  • Fabricantes terão fase de “dupla marcação” (UPC + 2D) até a base instalada de scanners se atualizar.

13. Desafios de curto prazo

  • Custo de reconfiguração de escâneres.
  • Treinamento de equipe para lidar com múltiplos formatos.
  • Atualização de ERPs para receber mais campos (lote, URL, validade).

Mas quem adota cedo sai na frente: dados ricos, menos recall, mais confiança do consumidor.

14. O papel das pequenas e médias empresas

Não é só coisa de multinacional:

  • Softwares de etiqueta “freemium” já geram QR dinâmico.
  • Impressoras térmicas de entrada leem Data Matrix sem dor de cabeça.
  • Marketplaces exigem código 2D para vender no exterior — quem não adequar fica fora do jogo.

15. E se o código de barras sumir?

Alguns futuristas defendem inventário 100 % visão computacional. Mas até lá, o 2D é seguro‑colchão:

  • Escala com baixíssimo custo por unidade.
  • Funciona offline, ao contrário de IA na nuvem.
  • Compatível com smartphones simples.

Em resumo, o código não morre; ele evolui para algo invisível, rico em dados e amigo do planeta.

FAQ — o que todo mundo quer saber

1. O UPC vai acabar em 2027?
Não. Ele segue aceito, mas o objetivo é que todo varejista também leia 2D a partir dessa data.

2. Preciso reimprimir embalagens?
Durante a transição, recomenda‑se dupla marcação. Planeje reimpressão gradual para não desperdiçar estoque.

3. QR dinâmico é seguro?
Sim, se a plataforma usar HTTPS e validar redirecionamentos. Dá até para incluir assinatura digital.

4. Watermark invisível encarece muito?
O custo extra é menor que 1 % do valor da embalagem em larga escala, segundo cases do varejo norte‑americano.

5. IA vai substituir a etiqueta?
Talvez no longo prazo, mas hoje o código 2D ainda é a forma mais simples, barata e confiável de garantir leitura universal.

6. Como medir ROI?
Compare tempo de checkout, incidência de recall e engajamento de QR dinâmico antes e depois. Marcas relatam economia de 7‑12 % em custos logísticos.

Quem se adianta colhe vantagens

O código de barras, que começou em 1974 num chiclete, está prestes a virar hub digital de transparência, sustentabilidade e experiência de compra.

Seja com QR dinâmico, GS1 Digital Link ou marca‑d’água invisível, o futuro exige embalagens que “falam” com máquinas e pessoas.

Empresas que começam agora:

  • Ganham dados valiosos para decisões rápidas.
  • Reduzem erros e custos de recall.
  • Encantam clientes com conteúdo rico na ponta do dedo.

Não fique preso ao bip do passado. Atualize seu parque de leitores, teste QR dinâmico em lotes piloto e prepare sua marca para chegar a 2027 com vantagem competitiva. Porque, na próxima virada de caixa, quem não evoluir… fica fora do carrinho.

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