Dobráveis conquistam espaço, mas desafios no preço e resistência ainda preocupam consumidores

Você já quis ter um celular dobrável, mas ficou na dúvida se vale o investimento? Os celulares dobráveis vêm chamando atenção pelo visual futurista e pela promessa de transformar a experiência de uso, mas, no Brasil, muitos ainda esbarram no valor salgado e na insegurança sobre quanto tempo esses aparelhos realmente vão durar. Se você gosta de tecnologia, mas também prioriza custo-benefício, entender o cenário dos dobráveis pode ajudar (muito!) a decidir se já é hora de trocar de smartphone.
Celulares dobráveis: inovação à prova do tempo (e do bolso!)
Quando os dobráveis chegaram ao Brasil, em 2019, muita gente torceu o nariz para os primeiros modelos por causa do preço elevado e da proposta diferente. De lá pra cá, o segmento evoluiu: só nos últimos meses, três novos aparelhos foram anunciados no país. O Galaxy Fold 7 segue a linha dos que dobram como um livro, enquanto os Flip — incluindo a versão mais acessível, Flip 7 FE — apostam no charme nostálgico dos flip phones, como o saudoso Motorola V3.
O avanço é nítido: dados de mercado da IDC apontam para um salto de mais de 28% nas vendas de dobráveis, apenas de 2023 para 2024. Só que, mesmo com essa empolgação, os dobráveis ainda ocupam uma fatia minúscula do mercado: cerca de 0,5% a 0,6% no Brasil, deixando claro que popularizar a novidade vai exigir mais que lançamentos frequentes.
Preço alto e resistência: o calcanhar de Aquiles dos dobráveis
Um motivo central para tanta resistência ainda é o preço. Segundo Francisco Jerônimo, vice-presidente da IDC, um dobrável novo custa em média 3,3 vezes mais que um smartphone tradicional! Para ter ideia, o Fold 7 chega nos Estados Unidos custando quase 2 mil dólares (por volta de R$ 11 mil em conversão simples) — valor próximo aos tops de linha mais potentes do mercado, mas que, para muitos, foge das prioridades.
Além do custo, persiste a dúvida: será que esses aparelhos realmente aguentam o tranco do dia a dia? Quem já manuseou um dobrável nota o peso extra e um certo receio com a tela flexível. Como poucos brasileiros tiveram oportunidade de usar e testar de verdade, bate a insegurança se vale pagar mais caro por algo que pode não durar tanto quanto espera.
Formato é legal, mas nem todo mundo se convenceu
Outro ponto curioso: apesar do apelo inovador, tem muita gente que não vê vantagem concreta em trocar o smartphone clássico pelo dobrável. Especialistas de consultorias como a Counterpoint Research relatam que, principalmente entre quem valoriza o custo-benefício, esse é um debate real. Se o preço é semelhante ao de modelos premium convencionais, por que não investir num aparelho já consagrado em durabilidade e funcionalidades?
Quem manda no mercado brasileiro de celulares dobráveis
O cenário nacional tem dois protagonistas: Motorola e Samsung. A Motorola lidera em vendas, responsável por 56% do segmento — muito graças à aposta inicial em modelos flip mais em conta, como o razr 40. Já a Samsung, que começou no Brasil com aparelhos mais caros e robustos, tem buscado conquistar mais consumidores ao lançar opções como o Flip 7 FE, apontando para uma disputa acirrada por quem vai popularizar de vez a novidade.
Especialistas veem na Samsung uma estratégia clara: o Fold 7 ficou mais “magro” e pode agradar quem normalmente acha esses aparelhos muito espessos. Já os flips têm tudo para cair no gosto da galera mais jovem, principalmente com preços menos assustadores e o forte apelo de personalidade — já que, cá entre nós, ninguém passa despercebido com o celular dobrando na mesa.
Celulares dobráveis, vale a pena?
Para grande parte do público, ainda é cedo para cravar que os celulares dobráveis são a melhor escolha — especialmente diante das incertezas sobre resistência e a diferença de preços. Porém, os saltos tecnológicos e o movimento de gigantes como Samsung e Motorola mostram que este segmento veio para ficar e que, talvez, os próximos anos reservem opções mais acessíveis (e resistentes).
Por enquanto, a dica é acompanhar a batalha das marcas, testar os aparelhos em lojas e ficar atento à evolução dos preços e das avaliações de usuários. Se você é fã de tecnologia, de olho nas tendências e quer algo fora do comum, os dobráveis podem ser o próximo passo — para o resto da galera, talvez seja melhor esperar um pouco antes de embarcar nessa onda.
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