Quanto precisa para financiar um apartamento

Quanto precisa para financiar um apartamento
Imagem: Kajetan Powolny / Unsplash
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Você já se pegou sonhando acordado com as chaves do seu próprio apartamento? Aquele cantinho para chamar de seu, com a sua cara, onde cada detalhe reflete a sua personalidade. Esse é um dos maiores desejos de muitos brasileiros, um verdadeiro marco de independência e segurança.

Contudo, junto com o sonho, surgem as dúvidas que parecem um labirinto financeiro. “Será que eu consigo?”, “Meu salário é suficiente?”, “Quanto eu realmente preciso ter guardado?”. A incerteza pode ser paralisante, mas estou aqui para acender uma luz nesse caminho e te mostrar que é possível.

A resposta para a pergunta “quanto precisa para financiar um apartamento” não é um número mágico, mas sim o resultado de um planejamento bem feito. Neste guia completo, vamos desvendar juntos cada etapa, cada custo e cada requisito para que você transforme esse grande sonho em realidade.

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O que define quanto precisa para financiar um apartamento?

Para entender a fundo os valores envolvidos, precisamos analisar os três pilares que sustentam qualquer aprovação de crédito imobiliário. Cada um deles tem um peso enorme na sua jornada e compreendê-los é o primeiro passo para o sucesso. Para entender melhor, vamos mergulhar no mundo dos Empréstimos Financiamentos e desvendar cada um desses pontos. Eles são a base de todo o cálculo que os bancos farão.

Pense nesses pilares como as peças de um quebra-cabeça. Quando todas se encaixam, a imagem do seu novo lar se torna nítida e alcançável. Vamos detalhar cada um deles para que não reste nenhuma dúvida.

Os três pilares essenciais são:

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  • O valor de entrada.
  • A sua renda mensal comprovada.
  • Os custos extras com documentação e impostos.

Dominar esses três fatores coloca você no controle total do seu processo de financiamento.

O Valor de Entrada: O Seu Primeiro Grande Passo

O valor de entrada é a quantia que você paga diretamente ao vendedor, funcionando como o seu investimento inicial no imóvel. Os bancos no Brasil geralmente financiam até 80% do valor total do apartamento. Os 20% restantes, no mínimo, devem vir do seu bolso.

Isso significa que, para um imóvel de R$ 300.000, você precisaria ter, pelo menos, R$ 60.000 para dar de entrada. Quanto maior a sua entrada, menor será o valor financiado e, consequentemente, menores serão os juros pagos ao longo do tempo e o valor da parcela mensal.

Como Juntar Dinheiro para a Entrada?

Economizar uma quantia significativa pode parecer assustador, mas com estratégia, o objetivo fica mais próximo. A chave é a disciplina e o planejamento.

Aqui estão algumas dicas práticas:

  • Crie um orçamento detalhado: Anote todas as suas receitas e despesas para identificar onde é possível cortar gastos.
  • Estabeleça metas realistas: Defina quanto você pode guardar por mês e em quanto tempo alcançará o valor total da entrada.
  • Busque renda extra: Considere trabalhos freelancer, vender produtos online ou outras atividades que complementam seu salário.
  • Invista seu dinheiro: Não deixe o dinheiro parado na poupança. Procure investimentos de baixo risco, como CDBs ou Tesouro Selic, para fazer seu dinheiro render.

Usando o FGTS na Entrada: Um Grande Aliado

Uma das melhores notícias para quem trabalha com carteira assinada é a possibilidade de usar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para compor o valor da entrada. Essa é uma ajuda fundamental que pode acelerar, e muito, a realização do seu sonho.

Para utilizar o FGTS, você precisa atender a alguns pré-requisitos básicos:

  • Ter no mínimo três anos de trabalho sob o regime do FGTS (somando todos os períodos).
  • Não possuir outro imóvel residencial na cidade onde pretende comprar.
  • Não ter outro financiamento ativo no Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

A Renda Mínima: O Quanto Você Precisa Ganhar?

Essa é talvez a dúvida mais comum quando se pensa em quanto precisa para financiar um apartamento. Os bancos utilizam uma regra de ouro para garantir que você conseguirá arcar com o compromisso financeiro: a parcela mensal do financiamento não pode comprometer mais do que 30% da sua renda familiar bruta.

Vamos a um exemplo prático para clarear as ideias. Suponha que, após a simulação, a parcela do seu financiamento ficou em R$ 2.100. Para que o crédito seja aprovado, sua renda mensal bruta comprovada precisa ser de, no mínimo, R$ 7.000 (R$ 2.100 corresponde a 30% de R$ 7.000).

A boa notícia é que você pode compor a renda com outras pessoas, como cônjuge, namorado(a), pais ou irmãos. Isso aumenta o poder de compra da família e facilita a aprovação para imóveis de maior valor.

Como Comprovar a Renda?

A forma de comprovação de renda varia conforme a sua categoria profissional. Estar com os documentos organizados agiliza todo o processo.

Veja o que geralmente é solicitado:

  • Trabalhadores com carteira assinada (CLT): Os últimos holerites, carteira de trabalho e declaração do Imposto de Renda.
  • Autônomos e Profissionais Liberais: Extratos bancários dos últimos meses, declaração do Imposto de Renda e a DECORE (Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos).
  • Empresários: Contrato social da empresa, pró-labore e declarações fiscais.

Além da Parcela: Os Custos Extras que Ninguém te Conta

Saber quanto precisa para financiar um apartamento vai além da entrada e das parcelas. Existem custos de transação e taxas que muitos compradores esquecem de colocar no orçamento, o que pode gerar surpresas desagradáveis. É fundamental reservar uma quantia extra para eles, geralmente entre 3% e 5% do valor do imóvel.

Documentação e Impostos Iniciais

Esses são os principais custos que você terá no início do processo, logo após a assinatura do contrato com o banco.

  • ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis): É um imposto municipal obrigatório para transferir o imóvel para o seu nome. A alíquota varia de cidade para cidade, geralmente entre 2% e 3% sobre o valor de venda do imóvel.
  • Registro do Imóvel: Após o pagamento do ITBI, você precisa registrar o contrato de financiamento no Cartório de Registro de Imóveis competente. Os custos são tabelados e variam conforme o valor do bem.

Custos Embutidos no Financiamento

Além das despesas iniciais, existem seguros e taxas que são diluídos nas parcelas mensais do seu financiamento.

  • Seguro MIP (Morte e Invalidez Permanente): Garante a quitação do saldo devedor em caso de falecimento ou invalidez do comprador.
  • Seguro DFI (Danos Físicos ao Imóvel): Cobre prejuízos causados por incêndios, inundações ou outros sinistros que afetem a estrutura do imóvel.
  • Taxa de Administração: Uma pequena taxa que o banco cobra mensalmente pela gestão do seu contrato de financiamento.

Passo a Passo Simplificado para o Seu Financiamento

Agora que você conhece os pilares financeiros, veja como o processo funciona na prática, de forma resumida e direta.

  1. Simulação: Use os simuladores online dos bancos para ter uma ideia do valor que você pode financiar e das condições.
  2. Análise de Crédito: Envie sua documentação pessoal e de renda para o banco. Eles farão uma análise do seu perfil e do seu score de crédito.
  3. Avaliação do Imóvel: Um engenheiro credenciado pelo banco irá vistoriar o apartamento para confirmar se o valor de mercado é compatível com o negociado.
  4. Análise Jurídica: O banco verificará toda a documentação do imóvel e dos vendedores para garantir que não há nenhuma pendência legal.
  5. Assinatura do Contrato: Com tudo aprovado, é hora de assinar o contrato de financiamento, que tem força de escritura pública.
  6. Liberação dos Recursos: Após o registro do contrato em cartório, o banco finalmente libera o valor financiado para o vendedor, e você recebe as chaves!

O Sonho Planejado é Sonho Realizado

Descobrir quanto precisa para financiar um apartamento é menos sobre encontrar um número fixo e mais sobre iniciar uma jornada de planejamento e organização. Ao entender a importância da entrada, calcular a renda necessária e se preparar para os custos extras, você deixa de ser um mero sonhador para se tornar o protagonista da sua conquista.

O caminho pode exigir disciplina e paciência, mas a recompensa de abrir a porta do seu próprio lar é incomparável. Cada real economizado, cada documento organizado e cada etapa vencida te aproxima do seu objetivo.

Não deixe que as dúvidas te paralisem. Use este guia como seu mapa, comece a se planejar hoje mesmo e dê o primeiro passo firme em direção à realização do seu sonho. A jornada é sua, e o futuro te espera no seu novo endereço.

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