OAB-SP se posiciona contra uso excessivo de força por policiais em São Paulo

OAB-SP se posiciona contra uso excessivo de força por policiais em São Paulo
Imagem: www.pixabay.com
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A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB-SP) se posicionou de forma contundente contra episódios de uso desproporcional da força policial no estado após a morte do jovem marceneiro Guilherme Dias Santos, atingido por um disparo feito por um policial militar fora de serviço. A entidade avalia que o ocorrido não é um acaso isolado, mas sim reflexo de falhas estruturais que vêm alimentando a recorrência de abusos nas abordagens policiais.

Casos de abuso policial, como o que resultou na morte do marceneiro em São Paulo, colocam em xeque não só a segurança pública, mas a confiança de toda a sociedade nas instituições. Quando trabalhadores comuns perdem a vida por erros evitáveis, fica impossível ignorar a necessidade urgente de repensar estratégias, treinar melhor o efetivo e garantir que cada cidadão seja tratado com dignidade e respeito à lei. O repúdio da OAB-SP serve como chamado para que cada um se engaje na defesa de direitos, estimulando o debate sobre a atuação policial e formas de impedir tragédias semelhantes.

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OAB-SP denuncia abuso policial em São Paulo

Depois do trágico episódio em que Guilherme Dias Santos foi morto enquanto tentava embarcar num ônibus ao voltar do trabalho, a OAB-SP divulgou uma nota denúncia afirmando que a força policial empregada foi além do necessário e espelha um padrão de más condutas dentro do estado. A instituição aponta para uma série de falhas — desde limitações no preparo prático dos agentes até a carência de controle sobre ações realizadas fora do ambiente operacional formal.

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A entidade não se limitou ao repúdio. Em seu comunicado oficial, a OAB-SP destacou que o assassinato do marceneiro não representa uma exceção, mas o sintoma de um problema mais profundo: “ações abusivas, desnecessárias e repetidas, alimentadas por orientações e treinamentos insuficientes e falta de controle institucional”. O policial responsável alegou ter reagido a uma tentativa de roubo, porém atirou pelas costas em um homem desarmado, que não tinha qualquer ligação com o crime citado. Guilherme acabaria perdendo a vida por engano, em mais um episódio que acende o alerta para consequências de decisões impulsivas e protocolos mal definidos.

Clamor por mudanças nos protocolos da força policial

Além do lamento pela vida interrompida de Guilherme, a palavra-chave da vez é urgência. A OAB-SP defende mudanças profundas, que incluem investimento real na capacitação dos policiais, fortalecimento de protocolos para uso progressivo da força e a consolidação do uso obrigatório de câmeras corporais — essenciais para dar transparência e coibir desvios de conduta. Também pediu que as investigações de casos de abuso sejam realizadas com total rigor e celeridade, sem espaço para omissões.

O cenário atual é preocupante porque situações como essa vêm se tornando um eco permanente, principalmente nas periferias e bairros afastados da capital paulista. É comum encontrar relatos de erros graves em abordagens, rapidamente noticiados, mas que raramente resultam em mudanças concretas na rotina policial. Por isso, o pedido da OAB-SP encontra eco em quem sonha com uma polícia eficiente, humana e realmente compromissada com a proteção coletiva.

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As repercussões do caso Guilherme Dias Santos

O episódio ganhou contornos ainda mais revoltantes quando se soube que o policial envolvido foi preso temporariamente sob acusação de homicídio culposo, mas obteve liberdade após o pagamento de fiança. O agente foi afastado do serviço operacional, enquanto a apuração segue a cargo da Secretaria de Segurança Pública. O inquérito e o debate público que se instalou reacenderam discussões sobre responsabilização de agentes, transparência nas investigações e a urgência de revisão dos procedimentos adotados diariamente pela corporação.

O drama ganha peso ao nos lembrarmos que Guilherme não é um caso isolado. Em diferentes regiões do estado, famílias choram entes queridos atingidos por balas perdidas, ações precipitadas e abordagens truculentas. Nesse contexto, a cobrança da OAB-SP por justiça e prevenção é fundamental, servindo de farol para outros setores pressionarem por civilidade, respeito e retorno da confiança social nas forças de ordem.

Por que este debate interessa a todos?

Discutir abuso da força policial em São Paulo vai além de indignação momentânea ou de apontar dedos para um ou outro caso específico. Trata-se de lutar pelo direito básico à vida, pelo respeito à cidadania e pela certeza de que cada trabalhador, estudante ou morador das periferias tenha a garantia de voltar para casa em segurança. A articulação entre sociedade civil, entidades como a OAB-SP e poder público pode — e deve — produzir mudanças que salvem vidas e fortaleçam o pacto social que desejamos.

Se você se preocupa com segurança, direitos e justiça, aproveite e explore outros conteúdos do nosso portal. Sempre há mais para aprender e refletir.

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